Eu queria era mesmo sem um destino correr
E com a pele do corpo a simplicidade colher
O vento, as estrelas e a Lua no alto a guiar
Para o caminho onde há borboletas no ar
Ahhhh!
Jogar uma torta na cara das pseudopuritanas
Fazer crochê e tomando chá com as putanas
Não andar pelas ruas por aí sem sapatear
Sem parar com as pernas rindo de dançar
Chegar ao serviço assobiando Cambalache
E a poesia ser o assunto popular de praxe
No lugar do tic tac, da pressa e do desespero
A singular existência silenciar tanto exaspero
Libertar a alma de seu próprio julgamento
Fugir de conversa tola e sair num jumento
Levar livros e pendurá-los de frente à tevê
Quem sabe a manipulação não morra de lê ?
Queria era pensar que posso não saber
Já que saber é achar que se sabe viver
Mas não importa, o céu é a minha casa
Aqui o sossego me abraça pela sua asa
Ahhhh!
Poderia era estar numa nuvem pilotando
E vendo aquele povo todo apontando:
''Um anjo desnudo vem chegando!''
Como eu queria toda essa insanidade
Se não fosse apenas a minha criatividade
Humildemente delirando mais liberdade.
J.V.
21/02/15
belissimo texto que li no E-Book VERSO E PROSA E OUTROS AUTORES,
ResponderExcluirMEU Pseudônimo é Selton A-Jhonns lá no site
ResponderExcluirrecanto das letras
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